O gado Boran, originário da África, está ganhando destaque no Brasil devido à sua rusticidade e adaptabilidade a climas quentes e secos, sendo considerado uma opção promissora para regiões como o Nordeste e o Centro-Oeste. A raça se destaca pela resistência a doenças, escassez de água e altas temperaturas, características importantes para o cenário pecuário brasileiro.
Características do Boran:
Rusticidade:
O Boran é conhecido por sua capacidade de sobreviver em condições adversas, adaptando-se bem a regiões com baixa disponibilidade de pastagens e altas temperaturas.
Resistência:
A raça demonstra resistência a doenças tropicais e parasitas, reduzindo a necessidade de tratamentos e custos de manejo.
Eficiência Alimentar:
O Boran converte pastagens de baixa qualidade em carne de forma eficiente, o que pode reduzir os custos de suplementação.
Habilidade Materna:
As vacas Boran são conhecidas por sua excelente habilidade materna, desmamando bezerros com peso significativo e apresentando altas taxas de prenhez, mesmo em condições desafiadoras.
Qualidade da Carne:
Relatos de produtores indicam que a carne do Boran pode apresentar maior marmoreio e maciez, características desejáveis em mercados premium.
Implicações para a pecuária brasileira:
Diversificação Genética:
A introdução do Boran pode diversificar o gado brasileiro, reduzindo a dependência de poucas raças e aumentando a resiliência do rebanho.
Adaptação a Sistemas Extensivos:
A rusticidade do Boran o torna uma opção interessante para sistemas de produção extensivos em regiões com menor disponibilidade de recursos.
Melhora na Produtividade:
A combinação de rusticidade, eficiência alimentar e habilidade materna do Boran pode resultar em ganhos de produtividade e lucratividade para os criadores.
Observações:
O Boran não veio para substituir o Nelore, mas para complementar o trabalho genético, especialmente em cruzamentos com outras raças.
A adaptação da raça ao sistema de produção brasileiro e a aceitação da sua carne em diferentes mercados ainda estão sendo avaliadas.
Fonte: 7agro7